O julgamento de Aidilson Viana de Sousa, acusado de matar brutalmente a corretora de imóveis Janaína Silva de Oliveira em 2017, em Salvador, está correndo o risco de ser adiado pela quarta vez. O júri estava originalmente agendado para o dia 17 de maio e já havia sido remarcado para esta quarta-feira (3). No entanto, o réu sofreu um traumatismo craniano em um acidente de moto na região da Barra, o que o deixou hospitalizado. A situação tem gerado indignação por parte da família da vítima e preocupação com a possibilidade de impunidade.

Um histórico de adiamentos: O julgamento de Aidilson Viana de Sousa tem sido marcado por sucessivos adiamentos, o que tem causado frustração e dor aos familiares de Janaína Silva de Oliveira. Inicialmente programado para ocorrer em outubro do ano passado, o primeiro adiamento foi solicitado pelo Tribunal de Justiça, alegando a prioridade de outro processo mais antigo. O segundo adiamento ocorreu a pedido da defesa, que havia sido constituída pouco antes do júri, solicitando prazo para estudar o caso. O terceiro adiamento foi motivado pela defesa, que solicitou um laudo pericial ausente no processo, o qual foi deferido pelo juiz responsável pelo caso.

Novo adiamento devido a acidente: A situação ganhou mais um capítulo quando Aidilson Viana de Sousa sofreu um acidente de moto na manhã anterior ao julgamento, nas proximidades da residência de Priscila Gama, filha de Janaína Silva de Oliveira e testemunha-chave no caso. Segundo informações, o réu teve traumatismo craniano após a saída do capacete no momento do impacto. A defesa apresentou um laudo médico informando seu estado de saúde, o que motivou o adiamento do julgamento.

A angústia da família da vítima: A família de Janaína Silva de Oliveira expressa sua indignação com a possibilidade de mais um adiamento no julgamento de Aidilson Viana de Sousa. Priscila Gama, filha da corretora de imóveis, desabafa sobre a falta de justiça e segurança diante da soltura do réu, que confessou o crime e supostamente já cometeu outras agressões. Com seis anos decorridos desde o assassinato de Janaína, a família vive uma dolorosa espera por justiça, temendo que a impunidade permita que outras vidas sejam prejudicadas.

A busca por responsabilização: A prisão de Aidilson Viana de Sousa ocorreu em novembro de 2017, mas sua liberação ocorreu em dezembro do mesmo ano, uma vez que o pedido de prisão preventiva foi indeferido pela Justiça. A denúncia do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) foi apresentada, mas a falta de prisão preventiva alimenta a sensação de impunidade e gera preocupações quanto à segurança de outras possíveis vítimas.

A possibilidade de adiamento do julgamento de Aidilson Viana de Sousa, acusado de matar Janaína Silva de Oliveira em 2017, tem causado indignação e preocupação por parte da família da vítima. Com um histórico de adiamentos, a situação se agrava com o recente acidente de moto sofrido pelo réu, que resultou em traumatismo craniano. A busca por justiça e responsabilização torna-se ainda mais angustiante diante da soltura do réu, que confessou o crime e supostamente cometeu outras agressões. A sociedade clama por uma resposta efetiva e pela garantia de que casos tão graves não fiquem impunes, protegendo assim a segurança de todos. A espera por um desfecho nesse julgamento prolongado só aumenta a dor e a revolta de quem sofre com a violência e espera por justiças.