A presidente do PSOL Bahia, Elze Fachinetti, fez um apelo às autoridades públicas neste domingo (18) para que seja realizada uma investigação imediata do assassinato de Estevão da Costa Rodrigues, militante do partido, na cidade de Nova Soure, bem como as ameaças recebidas pelo deputado estadual Hilton Coelho.


Logo após a morte de Estevão, que estava se preparando para se candidatar a prefeito do município, Hilton Coelho recebeu uma ligação ameaçadora em seu gabinete na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). O militante assassinado vinha denunciando a presença de grupos de extermínio na região e chegou a gravar um vídeo relatando ameaças poucos dias antes de ser brutalmente assassinado em via pública.


Hilton registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia Territorial nos Barris, em Salvador.


Elze ressaltou que essa situação representa uma tentativa de silenciar aqueles que lutam por justiça social. Estevão era uma pessoa que dedicou sua vida à atuação política. Ela mencionou também o caso da vereadora do PSOL no Rio de Janeiro, Marielle Franco, que foi assassinada há cinco anos e cujo crime ainda não foi devidamente solucionado.


A presidente do PSOL Bahia afirmou que não é admissível que, mesmo após o caso de Marielle, que teve repercussão internacional e continua sem respostas, ocorra um crime como o de Estevão e agora as ameaças a Hilton. Elze enfatizou a necessidade de o Estado garantir a segurança do deputado Hilton Coelho para que ele possa continuar seu trabalho no Legislativo, sem temer pela sua vida.


Ronaldo Mansur, candidato a vice-governador pelo PSOL na última eleição, destacou a importância de tratar o assunto com seriedade e levantou a suspeita de motivação política no assassinato de Estevão.


O partido espera que nos próximos dias a ALBA e o Governo da Bahia se pronunciem sobre o caso, tanto em relação ao assassinato do militante do PSOL quanto às ameaças sofridas por Hilton. Além disso, espera-se que sejam tomadas medidas para identificar os responsáveis por ambos os crimes e investigar a possível relação entre eles.


O PSOL ressalta que a falta de respostas em casos como esse alimenta a sensação de impunidade e aumenta a probabilidade de que crimes semelhantes ocorram no futuro.