O Ministério da Saúde anunciou a criação de uma coordenação específica para lidar com doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta, Ethel Maciel, enfatizou a necessidade de priorizar essas doenças, que são a principal causa de mortalidade no Brasil, e a importância de desenvolver políticas públicas mais eficazes para combatê-las.
O anúncio foi feito durante o lançamento do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel). O estudo, realizado pela Universidade Federal de Pelotas em parceria com a organização global de saúde pública Vital Strategies, revelou que 56,8% dos brasileiros estão com excesso de peso.
Os dados do estudo também mostraram um aumento significativo da obesidade entre os jovens, com 17,1% dos brasileiros com idade entre 18 e 24 anos sendo classificados como obesos em 2023, representando um aumento de 90% em relação a 2022. Além disso, o estudo destacou altos índices de ansiedade e consumo abusivo de álcool nessa faixa etária, bem como baixo consumo de frutas, verduras e legumes.
A secretária Ethel Maciel ressaltou a importância de reunir as vigilâncias estaduais de doenças crônicas não transmissíveis, acidentes e violência para discutir um plano de ação nos próximos dois anos. Ela enfatizou que esses temas muitas vezes são invisibilizados e destacou a necessidade de traçar estratégias conjuntas.
Durante o evento, a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, enfatizou a importância das parcerias na construção da saúde no continente e ressaltou o papel do Estado em proteger a população por meio de informações e regulações adequadas. A criação da coordenação específica é um passo importante para lidar com as doenças crônicas não transmissíveis e buscar melhores políticas públicas para combater essas condições de saúde no país.
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