Americanas admite fraude de R$ 20 bilhões e atribui responsabilidade à diretoria anterior, conforme relatório


Cinco meses após a divulgação de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões nos balanços, a Americanas admitiu, nesta terça-feira (13), pela primeira vez, que houve uma fraude nos resultados da empresa. A loja de departamentos registrou em janeiro uma incoerência financeira no relatório de aproximados, o que desencadeou uma crise interna. Essa fraude representa um dos maiores rombos históricos entre as empresas brasileiras.


De acordo com o relatório apresentado ao conselho de administração da empresa por assessores jurídicos, as evidências financeiras da Americanas foram manipuladas pela diretoria anterior. O ex-CEO Miguel Gutierrez, os ex-diretores Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, e os ex-executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes foram mencionados no relatório como os responsáveis pelo prejuízo.


"Cabe uma admissão de culpa, e vamos avaliar quais medidas podem ser tomadas a partir de agora, especialmente quando os resultados de outras investigações, como a da CVM, forem divulgados, o que pode revelar outros culpados", afirmou um credor da Americanas. "Fraudes devem ser punidas".